Romper,
cortar laços,
pôr fim...
Dói muito,
quando presos
às consequências
que afligem
os que gostam
verdadeiramente de nós.
Querer fugir,
sem resolver,
fisicamente,
ao incomodo
do lugar,
e da má partilha
leva, por certo, ao cativeiro
da insegurança,
algemados pela culpa
e pelo indecifrável,
ao crescente medo
de nunca nos encontrarmos,
de tão perdidamente sós,
sem futuro,
nem desenlace,
atraindo em desespero
a própria solidão...
E acabando por, mais tarde,
ter de (re)morrer,
como derradeira saída,
para que ainda se dê
o possível (re)nascimento.
Ilustração/Paula Rego
cortar laços,
pôr fim...
Dói muito,
quando presos
às consequências
que afligem
os que gostam
verdadeiramente de nós.
Querer fugir,
sem resolver,
fisicamente,
ao incomodo
do lugar,
e da má partilha
leva, por certo, ao cativeiro
da insegurança,
algemados pela culpa
e pelo indecifrável,
ao crescente medo
de nunca nos encontrarmos,
de tão perdidamente sós,
sem futuro,
nem desenlace,
atraindo em desespero
a própria solidão...
E acabando por, mais tarde,
ter de (re)morrer,
como derradeira saída,
para que ainda se dê
o possível (re)nascimento.
Ilustração/Paula Rego